NP #74 -Em defesa da paz e do fim imediato do horror em Gaza
29 Mai 2025, 12:05
Diante da excepcional gravidade da situação devastadora em Gaza, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns manifesta seu mais forte repúdio a todos os atos de violência praticados pelo governo extremista do Estado de Israel, que emprega suas forças de segurança para flagelar população civil indefesa, buscando suprimir seus meios de existência.
Expressamos nossa profunda consternação, em solidariedade ao sofrimento desumano imposto à vida de pessoas que tentam sobreviver a agressões intoleráveis. Elas atingem bebês, crianças, mulheres e idosos, que têm sido as principais vítimas da degradação em curso.
Os ataques sacrificam não combatentes. Busca-se a destruição completa da infraestrutura civil. Bloqueios militares impedem a chegada de ajuda humanitária. As pessoas não têm água, comida, energia, remédios, saneamento, comunicação e saúde. Tornou-se impossível acessar bens essenciais à vida. A aflição do povo palestino, castigado pela fome e a doença, é intolerável.
A escalada mais recente dos atos de violência gera repúdio generalizado da comunidade internacional e até em Israel, de onde vêm notícias de manifestações civis, acadêmicas e militares contra as atrocidades abusivamente cometidas em seu nome. Pede-se o fim das ofensivas criminosas, dentro e fora do país.
Fazemos um apelo às nações, bem como à sociedade civil, no Brasil e no exterior, para que pressionem o governo desviante a cessar imediatamente as hostilidades.
A paz desejada por todos compreende a libertação dos reféns capturados no bárbaro ataque de 7 de outubro de 2023, que impôs sofrimento inominável às famílias israelenses, às quais estendemos nossa solidariedade, repudiando o antissemitismo.
A Comissão Arns se une ao clamor em defesa da vida daqueles que estão sendo humilhados e ofendidos em sua dignidade essencial como seres humanos. Todos eles têm o direito inalienável de viver em paz e segurança em seus lares e em sua terra.
É imperativo refrear o extermínio.
Sem compaixão não se encontrará a paz.
Por isso, os atos cruéis e violentos que, segundo decisões da Corte Internacional de Justiça, possam configurar crimes contra a humanidade, entre outras violações gravíssimas ao Direito Internacional, devem cessar imediatamente.
Que se calem as armas.
Basta desse horror.