Os indígenas podem não ter dinheiro, mas não são pobres. E são hoje guardiões de nosso futuro. - Manifestação da Comissão Arns

Paulo Vannuchi assume cargo no Comitê da ONU sobre Desaparecimentos Forçados

19 Jun 2025, 14:24 vannuchi-visita-lula Foto: Divulgação

Membro fundador da Comissão Arns, o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos Paulo de Tarso Vannuchi foi nomeado para integrar o Comitê sobre Desaparecimentos Forçados da Organização das Nações Unidas (ONU). A eleição marca uma importante conquista para o Brasil e reforça o compromisso do país com a defesa dos direitos humanos.

Vannuchi, que terá mandato até 2029, destacou a relevância de sua nomeação e o significado para o Brasil: "Trata-se de uma vitória da diplomacia brasileira, do Itamaraty e do governo Lula". Ele também relembrou a história do país na assinatura da Convenção da ONU contra os Desaparecimentos Forçados, feita em Paris, em fevereiro de 2007, logo após França e Argentina, países que lideraram a elaboração do tratado ao longo de mais de uma década.

O novo integrante do Comitê acredita que, em 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá avançar na jurisprudência relacionada à impunidade dos torturadores, ao reconhecer que o desaparecimento forçado constitui um crime continuado, uma mudança importante na luta contra a impunidade.

"Conto com a cooperação, ideias, aconselhamentos, sugestões, críticas e propostas de todas as pessoas comprometidas com a defesa da democracia e dos direitos humanos", afirmou, destacando a importância de fortalecer a imagem do Brasil como uma nação que atua de forma consistente na promoção dos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.