Estudantes, ativistas e artistas se unem em ato na PUC-SP contra a violência policial
27 Set 2023, 16:36
Há 46 anos, policiais militares invadiram a PUC-SP, pisoteando, agredindo e prendendo estudantes e professores que se reuniam para discutir a organização da luta em defesa da democracia e a realização do 3º Encontro Nacional dos Estudantes.
Acontecia, naquela noite de 22 de setembro de 1977, um dos momentos mais violentos e repressivos da história da ditadura militar brasileira de 1964.
Com organização da PUC-SP, UNE, Comissão Arns, Instituto Vladimir Herzog, Centro Acadêmico 22 de Agosto, Núcleo de Memória, OAB-SP, e o apoio de PUC-SP Pela Democracia, APG PUC-SP e Grupo Prerrogativas, o tradicional ato de resistência em memória à invasão da PUC aconteceu no dia 25 de setembro, no Teatro Tucarena.
Participaram da manifestação, que teve auditório lotado, a comunidade PUC-SP, representantes da sociedade civil, artistas, jornalistas, acadêmicos e juristas.
Ex-estudantes que foram vítimas da invasão trouxeram relatos desse dia, que ainda reverbera na atualidade. Exemplo disso é a promulgação de uma lei que nomeia um entroncamento de rodovias, na altura da cidade de Paraguaçu Paulista, de "Deputado Erasmo Dias", responsável pela invasão da PUC-SP e que à época era secretário de Segurança Pública do Estado de SP.
Como forma de resistência, estarão presentes no ato estudantes do Centro Acadêmico 22 de Agosto, que fazem parte da ADIN 7430 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei da gestão do atual governador de São Paulo, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal e acolhida sob a relatoria da ministra Carmen Lúcia.
O jornalista Juca Kfouri, recebeu uma homenagem a Nadir Kfouri, reitora por duas gestões da PUC-SP, que enfrentou a polícia durante a invasão.
A cantora e membro da Comissão Arns Daniela Mercury se apresentou com o músico Marcelo Quintanilha.
Depois do teatro, os presentes se dirigiram para a esquina da rua Cardoso de Almeida em um ato simbólico que renomeou a via para R. Nadir Kfouri.






